O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, adotou um modelo de comunicação diferente em relação ao seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta. Se antes o Ministério da Saúde informava suas ações em combate ao coronavírus em coletivas de imprensa diárias, agora a pasta não realiza conversas com jornalistas desde a sexta-feira 17, quando o novo gestor entrou no comando.
Nesta segunda-feira 20, Teich optou por publicar um vídeo gravado em vez de se expor à imprensa. Procurado por CartaCapital, o Palácio do Planalto afirmou que as coletivas da Saúde “serão retomadas nos próximos dias” e que “os jornalistas serão avisados oportunamente”. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não informou publicamente sobre a data da próxima entrevista de Teich.
Em uma gravação de pouco mais de três minutos, o ministro da Saúde declarou que tem desenhado um programa de “saída progressiva, estruturada e planejada” das medidas de distanciamento social. Segundo Teich, a pasta revisa as restrições após aumentar a aquisição de testes, que antes era estimada em 24 milhões de exames e agora o número subiu para 46 milhões. Ele afirmou ainda que a ampliação dos diagnósticos foi possível com a assinatura de um contrato que permitirá o processamento de 30 mil exames por dia.
Além disso, o ministro informou a compra de 3,3 mil respiradores. Deste número, 1.150 devem ser entregues no mês de maio. Segundo ele, o valor desembolsado na obtenção dos aparelhos foi de 78 milhões de reais. “Essa combinação do diagnóstico, do tratamento e da preparação para a saída do distanciamento social, isso faz parte da estratégia da covid-19”, afirmou.
Mais cedo, o Ministério da Saúde errou a contagem de óbitos no Brasil e informou o dado incorreto de 383 vítimas fatais em 24 horas no país. A pasta corrigiu o levantamento e declarou que, em um dia, o país contabilizou, na verdade, 113 mortes por coronavírus. Em todo o território brasileiro, já foram 2.575 vidas perdidas em decorrência do coronavírus e 40.581 estão infectados pela doença.
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