Política

Maceió aprova lei que obriga mulheres a verem imagens de fetos antes de aborto legal

O texto também determina que equipes de saúde demonstrem os métodos cirúrgicos utilizados para o procedimento

Maceió aprova lei que obriga mulheres a verem imagens de fetos antes de aborto legal
Maceió aprova lei que obriga mulheres a verem imagens de fetos antes de aborto legal
Foto: Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Câmara Municipal de Maceió sancionou, na terça-feira 19, uma lei que obriga mulheres que forem realizar abortos legais na rede municipal, a terem encontros com equipes de saúde para serem advertidas dos riscos do procedimento.

A lei detalha que as equipes devem mostrar às mulheres e aos seus familiares o desenvolvimento de fetos semana a semana, com apoio de imagens; e ainda demonstrar por vídeos e imagens os métodos cirúrgicos utilizados para o procedimento abortivo, entre eles, a aspiração intrauterina, a curetagem uterina e o abortamento farmacológico.

O texto ainda exige que as equipes detalhem ‘todos os possíveis efeitos colaterais físicos e psíquicos decorrentes do abortamento’. A lista extensa inclui entre as consequências:

  • perfuração do útero, quando o aborto é realizado pelo método de aspiração;
  • ruptura do colo uterino;
  • histerectomia;
  • hemorragia uterina;
  • inflamação pélvica;
  • infertilidade;
  • gravidez ectópica;
  • parto futuro prematuro;
  • infecção por curetagem mal realizada;
  • aborto incompleto;
  • comportamento autopunitivo;
  • transtorno alimentar;
  • embolia pulmonar;
  • insuficiência cardíaca;
  • sentimentos de remorso e culpa;
  • depressão e oscilações de ânimo e;
  • choro desmotivado, medos e pesadelo

Outra determinação é a de que as gestantes sejam informadas sobre a possibilidade de adoção pós parto, sendo apresentadas a programas de acolhimento para recém-nascidos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo