Política

Justiça do Amazonas absolve Pazuello pelo colapso de oxigênio em Manaus

O juiz Diego de Oliveira rejeitou a argumentação do MPF e mencionou as mudanças aprovadas pelo Congresso na Lei de Improbidade Administrativa

Justiça do Amazonas absolve Pazuello pelo colapso de oxigênio em Manaus
Justiça do Amazonas absolve Pazuello pelo colapso de oxigênio em Manaus
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
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A Justiça Federal do Amazonas julgou improcedente uma ação apresentada em 2021 pelo Ministério Público Federal contra o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello e outras cinco pessoas pela crise do oxigênio em Manaus, no início do ano passado, em meio à mais violenta onda da Covid-19 no País.

Ao oferecer a denúncia por improbidade administrativa, em abril de 2021, o MPF apontou que autoridades federais e estaduais deveriam ter colocado em prática, de maneira coordenada, planos de contingência para novas ondas de contaminação, contemplando possíveis soluções a serem adotadas rapidamente em caso de novos colapsos no sistema de saúde ou de desabastecimento de insumos.

No entanto, anotou o MPF, “o que se viu foi uma série de ações e omissões ilícitas que, somadas, violaram esses deveres e contribuíram para o descontrole da gestão da pandemia no Amazonas, com o colapso do fornecimento de oxigênio e decorrente óbito por asfixia de pacientes internados”.

O juiz federal Diego Leonardo Andrade de Oliveira, da 9ª Vara Federal do Amazonas, rejeitou a argumentação do MPF e mencionou as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional em 2021 na Lei de Improbidade Administrativa.

“No caso em tela, a despeito da ‘extrema gravidade’ dos fatos denunciados pelo MPF, os quais ensejaram comoção nacional; atualmente, as condutas descritas na petição inicial não se amoldam a nenhuma das hipóteses previstas nos incisos artigo 11 da LIA”, diz trecho da decisão. “Por conseguinte, não há alternativa, senão a rejeição da petição inicial por manifesta atipicidade superveniente das condutas imputadas aos réus.”

A ex-secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro e seu sucessor, Helio Angotti, também foram absolvidos.

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