Saúde
Covid-19: Regiões do Estado de SP têm transmissão acelerada do vírus
Aumento de casos e hospitalizações já era percebida na Grande São Paulo e na Baixada Santista no início de novembro
Monitoramento feito pela SP Covid-19 Info Tracker, plataforma desenvolvida por cientistas da USP e da Unesp, mostra que casos de infecções pelo novo coronavírus crescem desde o início do mês em diferentes regiões do Estado de São Paulo. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a plataforma, pelo menos 15 de 22 regiões do Estado apresentam taxa de transmissão (Rt) acima de 1,0. Na prática, isso significa que o vírus está com propagação acelerada.
O aumento de casos e hospitalizações já era percebida na Grande São Paulo e na Baixada Santista no início de novembro, segundo os pesquisadores.
“O novo aumento deixou de ser exclusividade de Grande São Paulo e Baixada, passou a respingar nas cidades adjacentes e começa a ganhar forma no interior na última semana”, diz Wallace Casaca, professor da Unesp e coordenador da ferramenta, em entrevista ao Estadão.
Imagem: SP-Covid-19 Info Tracker
Na última segunda-feira 30, o governador João Doria (PSDB) anunciou que o Estado voltará para a fase amarela do plano de combate ao novo coronavírus.
A decisão veio um dia após as eleições municipais. Antes de regredir para a fase amarela, seis das 17 regiões estavam na fase verde do Plano SP.
“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo e o centro de contingência da Covid-19 decidiram que 100% do Estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano São Paulo. Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19”, disse o governador ontem no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo Doria, as medidas restritivas vão focar em bares, restaurantes e cinemas. As escolas, particulares e públicas, que estão abertas desde setembro no Estado e desde outubro, continuam em funcionamento.
O que muda. Foto: Reprodução
Internações na rede particular
O mapeamento foi feito pelo pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), entre os dias 23 e 26 de novembro, com base em dados de 83 hospitais dos 17 departamentos regionais de saúde do estado.
O levantamento também registrou que a taxa de ocupação de leitos de UTI pela doença chega a 84% na rede particular.
(Com informações da Agência Estado)
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