Política

Conheça Nísia Trindade, a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde

Atual presidente da Fiocruz, ela terá a missão de remontar um dos ministérios que mais retrocederam na gestão de Bolsonaro

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Créditos: EBC A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que doses de vacina da AstraZeneca estarão disponíveis em fevereiro. Créditos: EBC
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A cientista social Nísia Trindade será a nova ministra da Saúde a partir de 2023. Atual presidente da Fiocruz, ela foi anunciada nesta quinta-feira 22 pelo presidente eleito Lula em uma lista com outros 15 integrantes do novo governo.

Nísia é carioca e tem sua trajetória acadêmica pelas universidades públicas do estado. Pesquisadora, foi a primeira mulher a comandar a Fiocruz, posto que ocupa desde 2017. Ela é servidora da Fundação desde 1987, tendo participado da elaboração do Museu da Vida. Mais tarde, ocupou o cargo de vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da entidade. Em 2020, Nísia foi eleita como membro titular da Academia Brasileira de Ciências.

Na gestão à frente da Fundação, destacou-se no período da pandemia, em que a entidade virou uma das grandes referências no acompanhamento de casos, vacinação e estudos para a prevenção da doença, como o Observatório da Covid, que produziu os principais boletins epidemiológicos do País. Foi uma das articuladoras da parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford que possibilitou que as vacinas contra a Covid-19 fossem produzidas 100% em solo nacional.

Nísia será a primeira mulher a chefiar a Saúde. Ela substituirá Marcelo Queiroga e terá a missão de reerguer um dos ministérios mais impactados negativamente pela gestão de Bolsonaro. Um dos focos, como já anteciparam Lula e Geraldo Alckmin, será a retomada das campanhas de vacinação nacionais. Para isso, porém, será preciso superar desafios orçamentários e logísticos, já que a atual gestão, com viés negacionista, deixa um rastro de caos nos resultados de imunização e sequer preparou um plano para o setor em 2023.

A fila de procedimentos no SUS também será outra missão de Nísia na nova gestão. O problema, que já era evidente antes da Covid, foi agravado com a pandemia, quando cirurgias e consultas eletivas tiveram de ser adiadas. A Fiocruz estima que mais de 1 milhão de procedimentos estão represados no SUS. Zerar essa fila também é um compromisso de campanha de Lula.

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