Cidade de São Paulo cancela carnaval de rua, mas mantém desfiles no Anhembi

Festa no Sambódromo foi mantida apesar da estudo da vigilância municipal recomendar o cancelamento de todas as atividades com aglomerações

Foto: Edson Lopes Jr/Prefeitura de São Paulo

Apoie Siga-nos no

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quinta-feira 6 o cancelamento do carnaval de rua de 2022 em decorrência de explosão de novos casos de Covid-19 no Brasil após a chegada da variante Ômicron.

A decisão também mantém os desfiles no Sambódromo desde que sejam seguidos os protocolos sanitários.

“Por conta da situação epidemiológica está cancelado o Carnaval de Rua de SP. Nós vamos sentar com a Liga das Escolas de Samba para combinar um protocolo para a realização dos desfiles no sambódromo. Caso eles aceitem os protocolos, os desfiles serão mantidos”, disse Nunes.

Salvador, Olinda e o Rio de Janeiro já anunciaram o cancelamento do carnaval de rua. 

A decisão segue em parte uma recomendação da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que apresentaram um estudo adverte para a necessidade de veto a todas as atividades que acarretem aglomerações de pessoas. 


Cancelamento dos blocos

Apesar de respaldada em recomendações médicas, o cancelamento dos desfiles nas ruas da capital paulista farão com que a cidade deixe de receber 23 milhões de reais da Ambev, empresa patrocinadora do carnaval de rua de 2021. 

Mais de 250 blocos já cancelaram a participação no carnaval. Em nota denominada “Te Amo São Paulo, mas não vou fazer seu Carnaval…”, as organizações do setor afirmam que “os blocos participantes dos Coletivos, em sua grande maioria, comunicam que não sairão às ruas neste Carnaval de 2022, mesmo que a festa seja autorizada” pela prefeitura.

“Todos concordamos que o Carnaval não deixará de ser comemorado, inclusive por Blocos que assim desejarem, mas esperamos que cada grupo ou cidadão que queira celebrar a vida, o faça pensando na melhor forma de preservar a vida! (…) Não admitimos a hipótese de se realizar um evento de ‘Carnaval de Rua’ em lugares contidos, ao ar livre, como o Autódromo de Interlagos, Memorial da América Latina, Jockey Club, Sambódromo e outros. Isso é alternativa do setor privado”, afirmou o documento. 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.