Saúde

Brasil tem mais de 800 mortes por coronavírus em 24 horas pelo segundo dia seguido

No dia em que Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde, o país tem 824 óbitos e chega a 14,8 mil vítimas fatais

Brasil tem mais de 800 mortes por coronavírus em 24 horas pelo segundo dia seguido
Brasil tem mais de 800 mortes por coronavírus em 24 horas pelo segundo dia seguido
Sepultamentos no cemitério Nossa Sra. Aparecida, em Manaus, capital do Amazonas. Foto: Alex Pazuello/Semcom
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O Ministério da Saúde contabilizou 824 mortes por coronavírus em 24 horas. É a terceira vez na semana que o Brasil atinge uma marca superior a 800 óbitos. Na terça-feira 12, o país registrou o recorde de 881 vítimas fatais; na quinta-feira 14, foram 844 falecimentos. São 14.817 mortes por covid-19 no total.

A pasta identificou novos 15.305 infectados de um dia para o outro. A soma total é de 218.223 contaminações em todo o território brasileiro. A taxa de letalidade é de 6,8%. Foram recuperados 84.970 pacientes, o equivalente a 38,9%, e 118.436 seguem em acompanhamento, número correspondente a 54,3% do total de diagnosticados.

Nesta sexta-feira 15, Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde. Em discurso apressado durante coletiva de imprensa, afirmou que “a vida é feita de escolhas e eu escolhi sair”. A exoneração ocorre após discordância entre Teich e o presidente Jair Bolsonaro sobre a aplicação da cloroquina no início do tratamento dos pacientes infectados (o uso é permitido para pacientes graves), além de divergirem em relação à flexibilização do isolamento.

 

O estado de São Paulo, mais afetado pelo vírus, contabiliza 4.501 mortes e 58.378 casos confirmados de coronavírus. O governador João Doria (PSDB) decretou prorrogação da quarentena para até 31 de maio. O tucano já declarou à imprensa que o estado pode voltar à normalidade apenas em agosto, “se as pessoas ajudarem”.

No Rio de Janeiro, são 2.438 mortes e 19.987 casos confirmados de coronavírus. Algumas cidades fluminenses já determinaram lockdown para conter a proliferação da doença. O isolamento total ao estado foi recomendado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O Ceará registrou 1.476 mortes e 22.490 casos de infecção. O estado já endureceu as medidas de restrição de circulação, para deter a disseminação da covid-19. Pernambuco aparece na sequência entre os estados mais afetados, com 1.381 mortes e 16.209 contaminações.

Em seguida, está o Amazonas, com 1.331 mortes e 18.392 pacientes. A fronteira amazônica, atingida pela pandemia, tornou-se área de crise com o governo da Colômbia. O presidente do país vizinho, Iván Duque, afirmou que a situação pode se tornar mais crítica, porque Bolsonaro conduz a crise sanitária com medidas diferentes em relação ao governo colombiano.

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