Saúde

Brasil completa três meses sem ministro da Saúde definitivo

Desde que Nelson Teich deixou o cargo, em 15 de maio, o general Eduardo Pazuello comanda a pasta de forma provisória na pandemia

Foto: Alex Pazuello/Semcom
Apoie Siga-nos no

Com mais de 100 mil mortos pela covid-19, o Brasil completa três meses com um ministro da Saúde provisório. Desde que o oncologista Nelson Teich deixou o cargo, em 15 de maio, a pasta é comandada pelo general Eduardo Pazuello de forma interina.

Teich, por sua vez, ficou menos de um mês no posto. O médico virou ministro depois que Luiz Henrique Mandetta foi demitido, em 16 de abril, por discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.

O envolvimento dos militares no Ministério da Saúde é alvo de críticas de autoridades e especialistas. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a afirmar que o Exército se associou a um “genocídio” ao aceitar o comando provisório da pasta.

 

Em entrevista a CartaCapital, o ex-chanceler Celso Amorim também criticou a atuação de Pazuello e afirmou que é inevitável passar a ver os militares como “responsáveis pelo que está acontecendo hoje”.

Entre as principais mudanças desde a entrada de Pazuello, está a drástica redução nas coletivas de imprensa do chefe do Ministério. Mandetta costumava dar coletivas quase que diariamente, enquanto o general adota uma postura mais reclusa.

De acordo com pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na sexta-feira 14, 88% dos brasileiros não sabem dizer o nome do ministro interino da Saúde.

O Brasil segue como vice-líder nos rankings mundiais de mortes e de contaminações por coronavírus, segundo contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS). No topo, os Estados Unidos acumulam mais de 165 mil óbitos e 5,2 milhões de casos confirmados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo