Política

Braço direito de Mandetta é exonerado e militar assume secretaria

General Pazuello foi escolhido por Nelson Teich por ter experiência em logística. Gabbardo, por sua vez, era médico

(Foto: Erasmo Salomão/MS)
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O presidente Jair Bolsonaro exonerou, nesta quarta-feira 29, o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, que era o número 02 da gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Em seu lugar, nomeou Eduardo Pazuello, que já havia sido anunciado por Nelson Teich como a escolha do ministro para assumir o cargo no momento.

Gabbardo é médico e tornou-se mais conhecido pela população ao ser um dos principais interlocutores do Ministério nas coletivas de imprensa de atualização do coronavírus no Brasil. Quando os rumores de demissão de Mandetta ficaram mais expressivos, ele se pronunciou dizendo que não ficaria no cargo e que sairia junto com o restante da equipe do ex-ministro, que foi demitido no dia 16 de abril.

Já Pazuello é um general de reserva e já atuou em uma crise no Brasil antes, mas não relacionada necessariamente à saúde. Ele foi o coordenador da Operação Acolhida, que recebeu refugiados venezuelanos principalmente em Roraima, estado que faz fronteira com o país. Quando deixou a Operação, assumiu a 12ª Região Militar, no Amazonas.

Apesar de não atuar na área de saúde, o general foi destacado por Teich por ser técnico em relação à logística e planejamento estratégico. “A impressão que tenho é que a gente tem que ser muito mais eficiente do que a gente é hoje. A gente está falando de logística, compra e distribuição. Ele é uma pessoa muito experiente nisso. É uma pessoa que vem trazendo contribuição num momento em que a gente corre contra o tempo.”, afirmou o ministro.

Até o momento, o Ministério têm tentado manter algumas coletivas técnicas de atualização sobre a situação da epidemia no Brasil, enviado boletins epidemiológicos para a imprensa e tentado manter o horário de divulgação dos novos dados para o fim da tarde.

Na primeira que participou, Pazuello disse que concordava com Teich em lidar com o coronavírus de acordo com a regionalidade da doença, e chegou a questionar a necessidade do isolamento social em algumas cidades. “Tem alguns lugares em que o isolamento dá resultados, em outros lugares o isolamento não deu tanto resultado. Em alguns lugares o vírus chegou, em outros ele não chegou”, disse.

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