Saúde

Acidente isquêmico transitório: entenda o diagnóstico de Renato Aragão

Humorista de 82 anos está internado em hospital no Rio

Créditos: Reprodução Instagram
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O humorista Renato Aragão, de 82 anos, foi internado na manhã desta quarta-feira no Rio. Após ficar tonto, ele foi levado ao Hospital Samaritano, na Barra, onde recebeu atendimento e foi diagnosticado com Acidente Isquêmico Trânsitório (AIT), segundo afirmou sua esposa, Lilian Aragão. O humorista deve ficar internado por 48 horas para ficar sob observação dos médicos.

Um AIT consiste em um bloqueio temporário do fornecimento de sangue ao cérebro. A condição é diferente de um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), pois os sintomas geralmente se resolvem em menos de 1 hora e não provocam nenhuma lesão cerebral permanente.

A maior parte dos AIT ocorre quando um fragmento de um coágulo de sangue (trombo) ou uma placa de gordura se solta do coração ou da parede de uma artéria, entra no fluxo sanguíneo e entope uma das artérias que irrigam o cérebro.

Os sintomas de um AIT surgem subitamente. São semelhantes aos de um AVC isquêmico, mas têm um caráter transitório e reversível, desaparecendo entre 2 a 30 minutos após o surgimento. Os sinais que podem aparecer são:

  • Súbita fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (por exemplo, metade do rosto, um braço ou uma perna, ou um lado inteiro);]
  • Súbita perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal em um lado do corpo;
  • Súbita dificuldade para falar (como fala arrastada);
  • Confusão súbita, acompanhada de dificuldade em compreender a linguagem e em falar;
  • Obscurecimento súbito, visão turva ou perda da visão, em particular em um olho;
  • Tontura ou perda de equilíbrio e coordenação súbitos.

Normalmente, os AITs acometem pessoas de meia-idade ou idosos. Quem já sofreu um AIT tem muito mais probabilidade de sofrer um AVC, principalmente nas primeiras 24 a 48 horas após o episódio. Por isso, é preciso ficar em observação.

Ao apresentar os sintomas listados acima, a pessoa deve ser levada às pressas a um pronto-socorro, mesmo que os sinais desapareçam logo em seguida. O diagnóstico da condição é feito com exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM).

Há vários fatores de risco para um AIT. Dentre eles, destacam-se:

  • Níveis altos de colesterol
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes
  • Resistência à insulina (resposta inadequada à insulina), que ocorre no diabetes tipo 2
  • Tabagismo
  • Obesidade, particularmente se o excesso de peso estiver ao redor do abdômen
  • Consumo excessivo de álcool
  • Falta de atividade física
  • Dieta pouco saudável (como aquelas que apresentam um teor elevado de gorduras saturadas, gorduras trans e calorias)
  • Depressão ou outros tipos de estresse mental
  • Doenças cardíacas que aumentem o risco de que coágulos sanguíneos se formem no coração, se desprendam e se desloquem pelos vasos sanguíneos como êmbolos (como em um ataque cardíaco ou em uma arritmia cardíaca denominada fibrilação atrial)
  • Endocardite infecciosa (infecção do revestimento do coração e, geralmente, das válvulas do coração)
  • Uso de cocaína ou anfetaminas
  • Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
  • Distúrbios coagulatórios que resultem em coagulação excessiva

O tratamento de um AIT consiste em controlar os fatores de risco para a condição. Além disso, usa-se medicamentos anticoagulantes e, se necessário, pode ser feita uma cirurgia ou angioplastia com stent.

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