Política

Weintraub diz que governo soube antecipadamente de operação da PF envolvendo Flávio Bolsonaro

Em entrevista, o ex-ministro da Educação afirmou que o presidente alertou os ministros de que ‘estava para aparecer uma acusação’ contra o filho

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, durante reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, afirmou que o presidente foi informado antecipadamente sobre operação policial que tinha como alvo Fabrício Queiroz, amigo do ex-capitão e ex-assessor do filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

“Vou contar uma coisa aqui que acho que nunca contei em público. Eu estava no governo de transição, em novembro, e fui chamado para uma sala com pouca gente. [Bolsonaro] Juntou uma mesa comprida e falou: Ó, o seguinte. Está para aparecer uma acusação, que está pegando esse cara aqui (apontou para o Flávio). O governo não tem nada a ver com ele. Se ele cometeu alguma coisa errada, ele que vai pagar por isso”, disse Weintraub em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

Segundo o relato, na reunião do governo de transição estavam presentes os ministros Onyx Lorenzoni, Alberto Santos Cruz e Gustavo Bebianno.

Na sequência, Bolsonaro teria dito que caso Flávio tivesse cometido irregularidade, deveria responder à Justiça.

“E ele [Bolsonaro] disse: ‘vocês podem tocar suas vidas. Não se preocupem. É só ele. E se ele fez coisa errada, ele vai pagar’”, contou o ex-ministro. 

Apesar de o alvo da Operação Furna da Onça não ser Flávio Bolsonaro, o filho do presidente foi indiretamente envolvido após relatório do Coaf apontarem movimentações atípicas nas contas do ex-assessor, que trabalhava no gabinete de Flávio na Alerj. 

As investigações apontaram um esquema de corrupção envolvendo o gabinete, conhecido como “rachadinhas”, em que funcionários do gabinete devolveriam parte dos salários para o deputado. Segundo a PF, Fabrício Queiroz seria o operador financeiro do esquema. 

 

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