Justiça

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Viúvas da Lava Jato

O adiamento do julgamento de Gabriela Hardt no CNJ expõe as manobras dos protetores da operação

Respiro. Hardt foi beneficiada pela “empatia” do atual presidente do Conselho Nacional de Justiça – Imagem: Gil Ferreira/CNJ
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O cabedal de provas de conluio, uso político-partidário, cobiça e submissão a interesses internacionais da Operação Lava Jato convenceu muita gente, mas nem todo mundo. As viúvas da República de Curitiba continuam ativas no esforço de impedir a punição dos responsáveis pela mais infame interferência de que se tem registro de corporações de Estado no funcionamento da vida política e econômica do País. A prova é o adiamento, sem uma mínima explicação, do julgamento, no Conselho Nacional de Justiça, de uma reclamação disciplinar contra a juíza Gabriela Hardt, chamada de “Moro de saias” e famosa por fazer um “copia e cola” de uma sentença do colega para condenar o presidente Lula.

A ação em análise no CNJ versa sobre a homologação feita por Hardt do “Fundo da Lava Jato”, uma montanha de 2,5 bilhões de reais que seria repassada pela Petrobras, sob a bênção do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, para uma fundação administrada pelos procuradores da força-tarefa à margem da supervisão dos órgãos de controle. Em linhas gerais, o fundo, que contaria com a assessoria da seção brasileira da Transparência Internacional, seria usado para proselitismo político e promoção dos vaidosos e ambiciosos integrantes do Ministério Público comandados por Deltan Dallagnol. Só não foi adiante por interferência do STF.

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