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Vereador do PSOL pede cassação de Rubinho Nunes por ‘difamar e perseguir’ padre Júlio Lancellotti

Este é o segundo pedido de cassação contra Nunes por declarações sobre o líder religioso

Vereador do PSOL pede cassação de Rubinho Nunes por ‘difamar e perseguir’ padre Júlio Lancellotti
Vereador do PSOL pede cassação de Rubinho Nunes por ‘difamar e perseguir’ padre Júlio Lancellotti
O vereador Rubinho Nunes. Foto: Divulgação/Bruno Wilker
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O vereador Toninho Vespoli (PSOL) pediu à Câmara Municipal de São Paulo a cassação do mandato de Rubinho Nunes (União) por quebra de decoro ao “difamar e perseguir” o padre Julio Lancellotti e organizações que prestam assistência à população em situação de rua na Cracolândia. O requerimento foi apresentado nesta quinta-feira 1º.

“O vereador se aproveita de sua posição como representante legislativo para cometer atos criminosos. É importante ressaltar que a imunidade parlamentar não deve ser confundida com a prática de atos tipificados no Código Penal, como os crimes contra a honra”, aponta Vespoli no documento.

Este é o segundo pedido de cassação contra Nunes por declarações sobre o líder religioso. Em dezembro, os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, apresentaram denúncia contra ele na Corregedoria da Câmara.

As representações foram apresentadas após o parlamentar obter a quantidade de assinaturas necessárias para abrir a CPI das ONGs, que tem Lancellotti entre os alvos. A rusga do vereador contra o padre, contudo, não é recente.

Ele defende que o pároco confunde sua função religiosa com “militância do PT e do PSOL”. Um dos fundadores do MBL, Nunes chegou a atuar como advogado no processo de Arthur Do Val, o “Mamãe, Falei”, em que denunciava Lancellotti por pedofilia.

Rubinho deixou a organização em outubro de 2022, mas se refere ao sacerdote com o mesmo termo que Do Val usava, em meados de 2020: “Cafetão da miséria”.

A abertura da CPI das ONGs ainda depende do aval do colégio de líderes, que reúne as lideranças de cada bancada e a presidência da Casa. A expectativa é que o caso seja discutido na primeira reunião do colegiado, prevista para 6 de fevereiro.

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