O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, decretou nesta quinta-feira 28 sigilo sobre sobre a tramitação na Corte da ação em que o ex-presidente Lula pede acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing, que investigou um grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.
As conversas, obtidas pelo site The Intercept Brasil, deram origem à série de reportagens conhecida como Vaza Jato. A CartaCapital, o STF informou que o sigilo determinado por Lewandowski foi solicitado pela defesa do ex-presidente Lula, que teria juntado aos autos documentos considerados pelos próprios advogados como sigilosos. À reportagem, a assessoria de imprensa do petista afirmou que a defesa pediu ao ministro do STF que ‘considerasse’ a necessidade de sigilo.
As mensagens apreendidas devem, segundo decisão tomada pelo ministro no fim de dezembro, ser compartilhadas com a defesa do ex-presidente. E o compartilhamento está mantido, de acordo com a Corte.
Na quarta-feira 27, um grupo de sete procuradores, composto por membros e ex-integrantes da Operação Lava Jato, enviou a Lewandowski um pedido de reconsideração das decisões que deram a Lula o direito de acessar o material apreendido.
Integram o grupo Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler, Orlando Martello Júnior, Júlio Carlos Motta, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e o ex-chefe da força-tarefa em Curitiba Deltan Dallagnol.
A defesa do ex-presidente confirma que recebeu apenas uma parte do material. O volume de mensagens apreendidas na operação é de cerca de sete terabytes, mas os advogados do petista informam ter obtido arquivos com volume inferior a um terabyte.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login