Política

‘Vamos conter essa especulação’, diz ministro da Agricultura sobre abastecimento de arroz

Alguns fornecedores elevaram os preços em até 30% após o governo anunciar a compra de 100 mil toneladas

‘Vamos conter essa especulação’, diz ministro da Agricultura sobre abastecimento de arroz
‘Vamos conter essa especulação’, diz ministro da Agricultura sobre abastecimento de arroz
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O ministro da Agricultura e da Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu nesta quarta-feira 22 a decisão do governo federal de zerar a tarifa de importação para garantir abastecimento de arroz.

Segundo Fávaro, a gestão federal busca acabar com a especulação. “O Brasil produz praticamente o suficiente para consumir, mas o descasamento momentâneo dá margem à especulação, e quem vai ganhar não é o produtor rural, é o especulador. Precisamos combater isso”, ressaltou.

“É triste, mas tem gente querendo ganhar dinheiro nas costas dessa tragédia”, criticou Carlos Fávaro. Ele participou de debate na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, alguns fornecedores elevaram os preços em até 30% após o governo anunciar a compra de 100 mil toneladas para estoque.

O Rio Grande do Sul responde por cerca de 70% da produção nacional de arroz. Como as chuvas e enchentes afetaram as lavouras, os estoques locais e a logística de distribuição, o governo decidiu facilitar a importação, zerando o imposto.

Segundo o ministro, a isenção do Imposto de Importação havia sido combinada com os produtores brasileiros. “Talvez tenham se arrependido, mas nós vamos conter essa especulação”, disse.

Apesar da importação, Fávaro afirmou que o governo federal não vai deixar de apoiar os produtores gaúchos que foram afetados pela tragédia.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo