O Tribunal Superior Eleitoral multou a empresa Futura Consultoria, responsável pela pesquisa eleitoral ModalMais/Futura em 80 mil reais por “múltiplas irregularidades” em levantamento feito em agosto.
A decisão foi tomada em ação protocolada pela Coligação Brasil da Esperança, que tem como candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conforme entendimento da Justiça Eleitoral, pesquisa que reuniu dados sobre a disputa à Presidência, realizou registro no TSE apontando que coletaria de informações para eleições estaduais em Minas Gerais.
O levantamento foi realizado entre os dias 12 a 16 de agosto e entrevistou 1.200 eleitores.
A ministra Maria Claudia Bucchianeri apontou, ainda, outros problemas na pesquisa, como a discordância entre questionário apresentado aos entrevistados e aquele registrado no TSE, e cabeçalho do formulário informando que a pesquisa seria feita sobre “assuntos políticos de São Paulo”, enquanto se referia ao Rio de Janeiro e foi registrado em Minas Gerais.
“O cenário, portanto, é de variadas irregularidades na pesquisa, a revelar descompromisso não apenas com a legislação eleitoral, mas, também, com a própria integridade dos resultados ao final obtidos, em comportamento que, ao fim e ao cabo, culmina por comprometer a confiança na integralidade dos institutos de pesquisa”, destacou magistrada.
O Banco Modal, que requisitou o levantamento, afirmou em nota ao UOL que os “apontamentos realizados em Minas Gerais não tiveram qualquer relação com a metodologia da pesquisa, tratando-se de uma questão exclusivamente técnica”.
Já o Instituto que realizou a pesquisa comunicou que as irregularidades apontadas foram geradas por “um erro operacional no momento do cadastro do registro da pesquisa junto ao site do TSE e foi identificada a ausência de menção ao cargo de Presidente”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login