O corregedor da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, preste informações sobre o uso de verba pública para custear um parecer que questiona, à base de ilações, a segurança das urnas eletrônicas.
Com a medida, o partido do presidente Jair Bolsonaro tem 24 horas para explicar o uso do fundo partidário na contratação de serviços da auditoria que gerou o documento. A peça foi elaborada pelo Instituto Voto Legal, contratado pela sigla pelo valor de 225 mil reais, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Chamado de Resultado da Auditoria de Conformidade do PL, o parecer alega haver um “quadro de atraso” no TSE quanto a medidas de segurança de informação, o que poderia gerar “vulnerabilidades relevantes”.
Após a divulgação, o TSE declarou que as afirmações apresentadas pelo PL são falsas, mentirosas e fraudulentas e visam tumultuar as eleições.
O presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, determinou a inclusão do parecer no Inquérito das Fake News, que tem Bolsonaro como um dos alvos.
O ministro também ordenou a remessa do documento à Corregedoria-Geral Eleitoral “para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário”.
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