O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso autorizou o registro da candidatura de Neri Geller (PP-MT), por quatro votos a três. A sessão foi concluída na sexta-feira 9.
A decisão se deu após o Tribunal Superior Eleitoral ter cassado o seu mandato e tornado o parlamentar inelegível. A Corte havia acatado um pedido do Ministério Público Eleitoral que acusava o parlamentar de captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018.
Ex-ministro da Agricultura do governo de Dilma Rousseff (PT), Geller é o principal representante da bancada ruralista que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A posição do parlamentar também é simbólica por ele pertencer ao mesmo partido de Arthur Lira (PP-AL).
O deputado tenta o Senado pela chapa de Márcia Pinheiro (PV), candidata a governadora de Mato Grosso na chapa petista. Apesar da decisão por sua inelegibilidade, Geller continuou em campanha eleitoral e já havia antecipado que entraria com recurso para reverter a decisão.
Além de negar as acusações, ele argumentou que a decisão que o tornara inelegível havia sido tomada fora do prazo estabelecido pela Justiça, de 15 de agosto.
O entendimento sobre o prazo embasou o voto do juiz Abel Sguarezi, que foi favorável à autorização da candidatura e divergiu da posição do próprio relator, Fábio Henrique Fiorenza. A divergência foi, então, acompanhada por outros três membros do TRE-MT.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login