Justiça

Trama golpista: STF marca datas para o julgamento de Bolsonaro; veja o calendário de sessões

A Corte separou cinco dias para analisar o caso que envolve o ex-capitão e outros 7 réus do chamado núcleo crucial do golpe; a primeira sessão ocorre no dia 2 de setembro

Trama golpista: STF marca datas para o julgamento de Bolsonaro; veja o calendário de sessões
Trama golpista: STF marca datas para o julgamento de Bolsonaro; veja o calendário de sessões
Ex-presidente Jair Bolsonaro comparece ao STF para ser interrogado por trama golpista. Foto: Ton Molina/STF
Apoie Siga-nos no

O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, definiu para 2 de setembro o início do julgamento da ação penal contra o núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. O grupo é composto por ex-ministros, militares da reserva e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

As sessões ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, das 9h às 12h, com horários estendidos das 14h às 19h nos dias 2, 9 e 12.

O julgamento terá início com a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, seguida da sustentação oral da acusação e das defesas, com tempo previsto de uma hora para cada parte. O tempo das manifestações poderá ser ampliado pelo presidente do colegiado. 

Após todas as declarações, Moraes enfim apresentará seu voto, seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Em caso de condenação, os juízes definirão também a dosimetria das penas.

O núcleo crucial da trama golpista é composto por:

  • Jair Bolsonaro;
  • Alexandre Ramagem (PL-RJ) – deputado federal;
  • Almir Garnier Santos – almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno – general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto – general da reserva e ex-ministro da Casa Civil.

Todos os réus, exceto Alexandre Ramagem, respondem por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ramagem, que tem imunidade parlamentar para crimes supostamente cometidos após sua diplomação, continua respondendo aos outros crimes.

No caso de Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República atribui crimes que totalizam 43 anos de prisão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo