O vice-presidente Hamilton Mourão justificou a ausência do presidente Jair Bolsonaro na COP 26 afirmando que que “todo mundo vai jogar pedra nele”.
Esquivando de críticas sobre a sua gestão ambiental, Bolsonaro enviou em seu lugar o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
“Sabe que o presidente Bolsonaro sofre uma série de críticas. Então, ele vai chegar em um lugar em que todo mundo vai jogar pedra nele. Está uma equipe robusta lá com capacidade para, vamos dizer, levar adiante a estratégia de negociação”, disse Mourão nesta sexta-feira 29.
O vice-presidente, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal ,também não irá ao evento.
A COP 26 é a Conferência Mundial sobre o clima, organizada pela Organização das Nações Unidas.
“A maioria das pessoas que tem realmente uma consciência ambiental maior é de esquerda, então, há crítica política embutida nisso aí. E tem a questão econômica: sempre uma busca de uma barreira em relação à pujança do nosso agronegócio, querendo dizer que ele provém de área desmatada da Amazônia, que não é uma realidade. E, óbvio, a questão ambiental embutida”, acrescentou Mourão.
O Brasil havia se comprometido a reduzir em 43% as emissões de gases estufa até 2030, no Acordo de Paris. No entanto, no fim do ano passado, o governo federal mudou a base de cálculo das metas brasileiras, o que, segundo especialistas, significa permissão para poluir mais.
Em vez de reduzir a emissão de gases poluentes, o Brasil elevou as emissões em quase 5%. É o que revela um relatório do Observatório do Clima divulgado na quinta-feira 28.
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