Justiça

Tentativa da Câmara de salvar mandato de Zambelli foi ‘surpreendente e inusitada’, diz Dino

Nesta sexta, todos os ministros da Primeira Turma do Supremo decidiram chancelar a decisão de Moraes que determinou a perda do cargo da deputada

Tentativa da Câmara de salvar mandato de Zambelli foi ‘surpreendente e inusitada’, diz Dino
Tentativa da Câmara de salvar mandato de Zambelli foi ‘surpreendente e inusitada’, diz Dino
O ministro Flávio Dino é um dos integrantes da 1ª Turma do STF, responsável pelo julgamento da tentativa de golpe de Estado – Foto: Antonio Augusto/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta sexta-feira 12 que a tentativa da Câmara de Deputados de salvar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, foi “surpreendente e inusitada”.

“As prerrogativas parlamentares não se sobrepõem ao texto constitucional, mas apenas se exercem nos estritos termos e limites por ela estabelecidos, como expressão da representação política, e não como garantia pessoal dissociada da ordem jurídica”, registrou em seu voto para confirmar a decisão de Alexandre de Moras pela cassação do mandato.

Nesta sexta, todos os ministros da Primeira Turma do Supremo decidiram chancelar a decisão de Moraes que determinou a perda do cargo da deputada e mandou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), empossar o suplente dela em até 48 horas.

Além de Dino e Moraes, votaram os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia no julgamento extraordinário convocado para validar a decisão da quinta-feira.

Zambelli está presa na Itália, após ter fugido do Brasil. Ela aguarda decisão da justiça italiana sobre a sua extradição. Na votação na Câmara, eram necessários 257 votos para declarar a perda do cargo da deputada, faltaram 30. Ela foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado por tentar invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo