Política

Telefones de Bolsonaro e Flávio aparecem em anotações da mulher de Queiroz

Informações obtidas pelo Estadão mostram que Márcia Queiroz tinha contatos de Jair, Flávio e Michelle Bolsonaro à mão para emergências

Telefones de Bolsonaro e Flávio aparecem em anotações da mulher de Queiroz
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Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro
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Anotações de um caderno, apreendido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, apontam que a esposa de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, tinha em mãos os telefones do senador, de seu pai, Jair Bolsonaro, e da primeira-dama Michelle Bolsonaro caso precisasse de alguma ajuda devido às investigações de prática de rachadinha.

O conteúdo do caderno, que foi revelado nesta quinta-feira 02 pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra que Márcia Queiroz tinha diversos números ligados à família do presidente para poder se comunicar diretamente com eles. Segundo apurou o jornal, não é possível saber a data exata das anotações, mas o nome de deputados eleitos na lista mostra que ela foi feita depois das eleições de 2018.

Márcia é considerada foragida da Justiça desde o dia 18 de junho, data em que seu marido foi encontrado e preso em Atibaia, interior de São Paulo. O MP-RJ investiga a ocorrência de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro enquanto este ainda era deputado estadual.

Segundo a investigação, o caderno era um “guia” para Márcia caso o marido fosse preso. Nas anotações, havia também justificativas possíveis para explicar o fato de que a mulher e suas filhas, apesar de terem sido funcionárias do gabinete de Flávio, não aparecessem na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) para desempenharem suas funções.

O argumento usado seria que elas faziam “a ponte entre a população e o político” e podiam “representar o político em eventos”.

Numa mesma página, são listados dois números de Jair Bolsonaro e um de Michelle. Noutra, um contato de Flávio e outro de sua esposa, Fernanda, além dos números do sócio do senador, Alexandre Santini, e do assessor especial do presidente, Max Guilherme Machado de Moura.

Ao jornal, os citados não retornaram questionamentos sobre a aparição no caderno de Márcia.

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