CartaExpressa

Tarifaço: Trump diz que Lula pode telefonar ‘quando quiser’

Em meio ao impasse provocado pelo tarifaço, o magnata sugere abertura para conversa direta com o petista, mas critica a condução do governo brasileiro

Tarifaço: Trump diz que Lula pode telefonar ‘quando quiser’
Tarifaço: Trump diz que Lula pode telefonar ‘quando quiser’
Os presidentes Lula e Donald Trump. Fotos: Christophe Petit Tensson e Andrew Harnik/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira 1º que o presidente Lula (PT) pode falar com ele “quando quiser”, ao ser questionado sobre a possibilidade de diálogo para tratar das tarifas de 50% impostas contra produtos brasileiros. 

Trump evitou detalhar os motivos da medida, mas responsabilizou o governo brasileiro pela deterioração nas relações comerciais. “As pessoas que estão no comando do Brasil fizeram a coisa errada”, disse. Apesar da crítica, afirmou ter apreço pelo País: “Amo o povo do Brasil”.

A declaração ocorre dias depois de Lula afirmar que ninguém nos EUA estava disposto a conversar sobre o tarifaço, mesmo após tentativas de contato institucional realizadas por ministros e pela embaixadora brasileira em Washington. O governo brasileiro tem priorizado a via diplomática, mas avalia alternativas de retaliação, como a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica.

Por ora, o Palácio do Planalto optou por não anunciar qualquer medida antes do reinício do semestre legislativo, em 4 de agosto. A expectativa é contar com o apoio político dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), antes de uma reação formal ao governo norte-americano.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo