Tarcísio chama Bolsonaro de ‘grande amigo’ e diz que sempre será grato ao ex-presidente

Governador havia recebido vaias em reunião do PL com Bolsonaro sobre reforma tributária, mas agora afirma que 'está tudo bem'

Solenidade Alusiva ao 91º Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932. Foto: Fernando Nascimento / Governo do Estado de SP

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “grande amigo” e afirmou que a última reunião entre os dois “foi excelente”.

A declaração ocorreu neste domingo 9, durante uma solenidade alusiva ao 91º Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, no Ibirapuera, na capital paulista.

Tarcísio e Bolsonaro se encontraram na sexta-feira 7, um dia após o mal-estar na discussão do Partido Liberal sobre a reforma tributária, quando houve desavenças entre o ex-presidente e o governador.

“Foi excelente. O presidente é um grande amigo. Observe: a gente pode divergir em algum ponto sobre a reforma, é normal, não é possível que a gente vá concordar sempre”, declarou Tarcísio a jornalistas.

O governador afirmou ainda que “já era assim” quando ele era ministro da Infraestrutura de Bolsonaro.

“Tinha situações em que eu discordava dele, procurava assessorar da maneira mais respeitosa e da maneira mais leal possível. Sempre tive uma lealdade muito grande”, disse. “Está tudo bem. Conversamos e, assim, sempre serei grato ao presidente. Se eu estou aqui, devo a ele.”


A posição de Bolsonaro sobre a reforma tributária marcou a sua primeira derrota como liderança da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-capitão havia convocado os seus apoiadores a se manifestarem de forma contrária à reforma, mas não foi seguido nem por Tarcísio, nem pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O próprio Partido Liberal deu 20 votos favoráveis ao projeto.

Tarcísio e Lira haviam tentado convencer Bolsonaro a mudar de ideia, mas o governador de São Paulo recebeu vaias na reunião com o PL na quinta-feira 6, e o presidente da Câmara sequer teve mensagens virtuais respondidas pelo ex-presidente da República.

A reforma tributária acabou aprovada em dois turnos na quinta, com 382 votos no primeiro turno e 375 votos no segundo, números que já estavam nos cálculos das lideranças da Câmara dias antes.

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