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Talvez nem se discuta a Crimeia, mas Putin não pode ficar com áreas da Ucrânia, diz Lula

O presidente afirmou, porém, ter havido um erro de avaliação por parte de potências ocidentais

O presidente Lula em café com jornalistas em 6 de abril. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira 6 que o Brasil “não concorda com a invasão da Rússia à Ucrânia” e que o presidente russo, Vladimir Putin, não pode manter ganhos territoriais obtidos durante a guerra. Disse, porém, ter havido um erro de avaliação por parte de potências ocidentais.

As declarações foram concedidas durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

“Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez nem se discuta a Crimeia, mas o que ele invadiu (em 2022) vai ter de repensar”, ressaltou o presidente. “O (Volodymyr) Zelensky não pode querer também tudo o que ele pensa que vai querer. Tudo isso é assunto que tem de ser colocado na mesa.”

Em março de 2014, a Crimeia foi tomada pelas tropas russas e anexada ao país. Desde então, a comunidade internacional, em especial os países ocidentais liderados pela Otan, não reconhecem a Crimeia como parte da Rússia. A região é considerada por boa parte dos países como um território ucraniano sob ocupação russa.

No café desta quinta, Lula repetiu a defesa da “integridade territorial de cada nação”. Segundo ele, porém, “o mundo desenvolvido, sobretudo a União Europeia e os Estados Unidos, não poderia ter aceitado entrar na guerra da forma como entrou, com rapidez, sem antes gastar muito tempo tentando negociar”.

Ele insistiu em sua sugestão de formar um grupo de países não diretamente alinhados no conflito, a fim de estabelecer uma espécie de “G20” para conduzir as negociações de paz.

“A guerra começou e alguém tem que parar. Os dois não vão tomar a iniciativa de parar. Alguém de fora tem que ajudar”, reforçou. “A paz é mais complicada do que a guerra. Guerra é um desejo insano, mas a guerra tem de ser construída.”

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