Economia

‘Super chateados’: mudanças do Senado no arcabouço fiscal incomodam líderes da Câmara

A tendência é que os deputados votem a matéria pela segunda vez na primeira semana de julho

Omar Aziz, presidente da CPI da Braskem. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O líder do PSB na Câmara, Felipe Carreras (PE), afirmou que os líderes da Casa “estão super chateados” com as mudanças promovidas pelo Senado no arcabouço fiscal. A Casa Alta aprovou o texto nesta semana, mas ele terá de ser votado mais uma vez pelos deputados, devido às modificações.

O relator do texto no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), excluiu dos limites o Fundo Constitucional do Distrito Federal, voltado a investimentos em segurança, saúde e educação no DF; a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb; e investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

Aziz também aceitou uma emenda proposta pelo líder do governo, Randolfe Rodrigues, durante a votação no plenário. O dispositivo permite que a gestão federal use uma estimativa de inflação anual para ampliar o seu limite de gastos ainda na fase de elaboração da Lei Orçamentária Anual.

Carreras era o líder do maior bloco da Câmara, composto por 174 deputados. Recentemente, passou o bastão para André Figueiredo (PDT-CE).

“Os líderes da Câmara estão super chateados”, disse o pessebista à TV Globo. “Fizeram um pacto com a gente. Depois desfazem, não combinam com ninguém na Câmara. Fomos pegos de surpresa.”

À emissora, Randolfe declarou ainda não haver um acordo para que a Câmara mantenha as mudanças aprovadas pelo Senado. Segundo ele, se a alteração ligada à estimativa de inflação for derrubada, “será feito um corte de 40 bilhões de reais na previsão de programas como o de Aceleração do Crescimento”.

A tendência é que a Câmara vote o arcabouço pela segunda vez na primeira semana de julho.

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