Política

Subprocurador do TCU cobra análise dos gastos milionários nas férias de Bolsonaro

Lucas Furtado quer saber a ‘pertinência’ dos gastos, ‘considerando que o País enfrenta uma das mais críticas crises de sua história’

Subprocurador do TCU cobra análise dos gastos milionários nas férias de Bolsonaro
Subprocurador do TCU cobra análise dos gastos milionários nas férias de Bolsonaro
Bolsonaro em férias milionárias na virada para 2021. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

O subprocurador Lucas Rocha Furtado enviou nesta segunda-feira 5 ao Tribunal de Contas da União uma representação para que a corte analise a ‘natureza e a composição’ das despesas do governo federal com as férias de fim de ano do presidente Jair Bolsonaro, que passaram de R$ 2,3 milhões.

Furtado quer que o TCU também avalie ‘a pertinência e a oportunidade’ dos gastos, ‘considerando o momento atual, em que o País enfrenta uma das mais críticas crises de sua história, seja sob o aspecto econômico-financeiro, seja sob o aspecto sanitário-social’.

O valor questionado corresponde aos gastos no recesso do período de 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro e foi informado ao deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que solicitou informações à Secretaria-Geral da Presidência e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

No fim do ano, Bolsonaro viajou para São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e depois retornou para Brasília, onde passou o Natal. Depois, viajou para o Guarujá, para passar o Ano Novo. Nas duas viagens, o custo com a equipe de segurança foi de R$202.538,21.

O GSI informou que os gastos com transporte aéreo de Bolsonaro foram estimados, com base em tabelas do Comando da Aeronáutica, em US$ 185 mil.

Em ofício de resposta ao pedido do deputado, o GSI destacou que as despesas estão dentro do Orçamento Anual previsto para a pasta e para a Aeronáutica. A Secretaria-Geral informou ter gasto R$1.196.158,40 em despesas nas viagens do presidente. Neste valor estão incluídos o custeio com hospedagem de Bolsonaro e sua equipe, alimentação e despesas aeroportuárias, além de combustível de veículos terrestres.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo