Justiça

STJ adia julgamento de recurso para restabelecer condenação de Ustra

O coronel foi comandante do DOI-Codi, um dos centros de repressão a opositores da ditadura militar

O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra , que comandou o DOI-Codi-SP entre 1970 e 1974, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (2013). Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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O Superior Tribunal de Justiça adiou para agosto o julgamento do recurso para restabelecer a condenação do ex-coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra a indenizar a família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, assassinado em julho de 1971, durante a ditadura militar.

O caso estava na pauta da sessão desta terça-feira 20, mas foi chamado para julgamento somente no final da sessão. Caberá ao relator, ministro Marco Buzzi, definir a data do julgamento. Em julho, o tribunal entra em recesso.

O colegiado analisará a legalidade do ato do Tribunal de Justiça de São Paulo a derrubar a decisão de primeira instância que condenou os herdeiros de Ustra ao pagamento de 100 mil reais para a viúva e a irmã de Merlino, além de reconhecer a participação do então coronel nas sessões de tortura que mataram o jornalista.

Ustra, que morreu em 2015, foi comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna, o DOI-Codi, um dos centros de repressão a opositores da ditadura. A ação é movida contra duas filhas do militar.

Integrante do Partido Operário Comunista à época, Merlino foi preso em 15 de julho de 1971, em Santos, e levado para a sede do DOI-Codi, onde foi torturado por cerca de 24 horas e morto quatro dias depois.

(Com informações da Agência Brasil)

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