O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta terça-feira 15 por 90 dias o inquérito que apura possível interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, a partir do encerramento do julgamento do agravo regimental iniciado pelo Plenário em 08/10/2020, bem como a proximidade do recesso, (…) prorrogo por mais 90 dias, contados a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro), o presente inquérito”, argumenta o relator em despacho.
No dia 7 de dezembro, Moraes decidiu que Bolsonaro não pode desistir de prestar depoimento no âmbito do inquérito. Ainda de acordo com o ministro, caberá ao plenário do STF definir a forma do interrogatório – se presencial ou por escrito.
O inquérito foi instaurado a partir das acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. Ao deixar o cargo, em abril, Moro afirmou que Bolsonaro tentou interferir na PF por meio da demissão de Maurício Valeixo do posto de diretor-geral, a fim de proteger aliados e familiares.
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