Justiça

STF marca julgamento de casal que arrecadou R$ 1 milhão para acampamento golpista

O casal montou uma tenda de alimentação dentro do acompanhamento e solicitou doações em dinheiro

STF marca julgamento de casal que arrecadou R$ 1 milhão para acampamento golpista
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O acampamento dos extremistas permaneceu por dois meses na porta do QG do Exército - Imagem: Valter Campanato/ABR
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O Supremo Tribunal Federal marcou para o próximo dia 21 o início do julgamento denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um casal acusado de arrecadar dinheiro para manter o funcionamento do acampamento golpista montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, no fim de 2022.

A análise será no plenário virtual e deve seguir até o dia 1º de dezembro. Se o STF aceitar a denúncia, Rubem Abdalla Barroso Junior e Eloisa da Costa Leite se tornam réus.

A PGR acusa Rubem e dos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais. O casal foi notificado por edital e ainda não apresentou defesa contra a denúncia.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o casal montou uma tenda de alimentação dentro do acompanhamento e solicitou doações em dinheiro, via Pix, para compra de arroz, feijão, carne, salada e suco. Segundo os investigadores, Eloisa da Costa realizou movimentações bancárias suspeitas de aproximadamente 1 milhão de reais.

“A dinâmica do casal consistia na arrecadação de recursos, por meio de chave Pix, vinculada à conta bancária de Eloisa da Costa Leite, para posterior repasse dos valores a Rubem Abdalla Barroso Junior. Parte da quantia angariada foi destinada para incitar a prática de atos antidemocráticos mediante o fornecimento de alimentos aos frequentadores do QGEx”, afirmou a PGR.

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