Justiça

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL por desvio de emendas

Votaram até este sábado o ministro e relator do caso Cristiano Zanin, ministro Alexandre de Moraes e a ministra Cármen Lúcia. Ainda faltam os votos de Flávio Dino e Luiz Fux

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL por desvio de emendas
STF forma maioria para tornar réus deputados do PL por desvio de emendas
Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa não passaram despercebidos pela lupa da PGR – Imagem: Redes sociais e Wesley Amaral/Agência Câmara
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal obteve a maioria dos votos para tornar réus três deputados do PL denunciados pelo suposto desvio dos valores destinados em emendas parlamentares.

Votaram até este sábado 8 o ministro e relator do caso Cristiano Zanin, ministro Alexandre de Moraes e a ministra Cármen Lúcia. Ainda faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Flávio Dino.

Os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República após ter sido apontado que, em 2020, o grupo solicitou ao então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, o pagamento de R$ 1,66 milhão em propina como contrapartida para a destinação R$ 6,67 milhões em emendas ao município, o equivalente a 25% do que seria recebido. Sampaio denunciou a extorsão à PF naquele ano. Saiba os detalhes da denúncia.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, Bosco Costa utiliza sua esposa e filho na destinação de parte dos recursos indicados pela organização, que se expandia para agiotas, empresários e até blogueiros. O caso envolvia até o uso de ameaça com armas de fogo, segundo aponta a PF.

Em seu voto, o relator do caso, Cristiano Zanin, considerou que a denúncia da PGR atende os requisitos legais para ser apreciada pelo Supremo. O ministro citou o fato de que “contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao Prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, corrupção passiva.

O julgamento acontece na Primeira Turma, via plenário virtual, sistema pelo qual cada ministro registra seu voto. As manifestações podem ser inseridas no sistema eletrônico até o dia 11 de março.

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