Política

STF forma maioria para manter Weintraub em inquérito das fake news

Julgamento deve ser encerrado até a sexta-feira 19 e indica que ministro da Educação continuará sendo investigado

Abraham Weintraub, ministro da Educação (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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O Supremo Tribunal Federal formou, na noite de segunda-feira 15, maioria de votos negativos em relação à retirada do nome do ministro da Educação, Abraham Weintraub, do inquérito que investiga fake news produzidas contra a Corte.

A tendência é que a maioria consolidada com os votos dos ministros Rosa Weber, Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes faça com que o ministro continue sendo investigado, negando o habeas corpus apresentado pelo ministro da Justiça André Mendonça. Os ministros Edson Fachin e Carmen Lúcia foram os primeiros a votar pela permanência de Weintraub como investigado.

O julgamento, no entanto, ainda não foi concluído. Faltam os votos de Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Roberto Barroso e Luiz Fux, que computarão suas interpretações por meio do Plenário Virtual da Corte.

Até o momento, os ministros foram de acordo com o relator do processo, Edson Fachin, que analisou o habeas corpus como uma maneira juridicamente não recomendada para defender um ministro de Estado em atuação. O julgamento começou na última sexta-feira 12 e deve ser encerrado até sexta-feira 19.

Weintraub na berlinda

O ministro da Educação é investigado por ter xingado ministros da Corte na reunião ministerial de 22 de abril, ao afirmar que, na opinião dele, ele “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF“.

Em defesa de Weintraub, André Mendonça – que era Advogado-Geral da União antes da saída de Sergio Moro – realizou um pedido genérico de trancamento do inquérito envolvendo o ministro da Educação e, ainda, o possível beneficiamento de outros investigados, sem especificar quais.

O julgamento ocorre no momento em que se especula novamente que Weintraub será demitido do governo. No último domingo 14, o ministro se reuniu com apoiadores de Bolsonaro em Brasília, reiterou que desejava a prisão dos membros do STF e chegou a ser multado por andar nas ruas sem máscara, como está determinado pelo governo do Distrito Federal.

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