Política

Weintraub pediu prisão de ministros do STF, relata vídeo da reunião interministerial

A íntegra do vídeo da reunião não trouxe verdades apenas sobre Bolsonaro, aparentemente. Weintraub também teria xingado Corte

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Para além das supostas confissões de que Bolsonaro queria intervir na Polícia Federal para proteger sua família, a gravação da reunião interministerial do dia 22 de abril, que foi analisada por promotores e advogados nesta terça-feira 22, também trouxe à tona ataques baixos de ministros de Estado às instituições democráticas.

O mais destacável teria sido o de Abraham Weintraub, ministro da Educação, que, segundo relato de fontes que assistiram à reunião, xingou e chegou a pedir a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

“Tem que mandar todo mundo para a cadeia, começando pelo STF”, alegou Weintraub. Antes, já tinha vazado para a imprensa que a reunião tinha sido repleta de xingamentos e acusações partindo especialmente do ministro, que é alinhado fortemente à ala mais ideológica do governo Bolsonaro.

A divulgação da íntegra do vídeo está condicionada à análise do ministro Celso de Mello, do STF, que já pediu uma perícia no material para averiguar se ele chegou a ser adulterado e para que se possa transcrevê-lo.

Jair Bolsonaro negou que tenha feito alguma alegação que possa comprometê-lo, e afirmou que ele estaria preocupado com a segurança da família – e não com envolvimento em investigações da Polícia Federal.

“Não tem a palavra ‘investigação’. A preocupação minha sempre foi, depois da facada, de forma bastante direcionada, para a segurança minha e da minha família. A segurança da minha família é uma coisa… não estou, nunca estive preocupado com a PF. A PF nunca investigou ninguém da minha família”, disse Bolsonaro, na tarde desta terça-feira 12, aos jornalistas que estavam no Palácio da Alvorada.

Na tarde desta terça-feira, a Polícia Federal colhe o depoimento de três ministros de Estado participantes do governo Bolsonaro –  Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno Ribeiro Pereira (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência) e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil).

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