STF e TSE tiveram de inovar para preservar a democracia nas eleições, diz Moraes

Segundo o magistrado, a disseminação de notícias fraudulentas é parte de um projeto de conquista do poder por extremistas de direita

O ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE. Foto: Evaristo Sá/AFP

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira 15 que a corte e o Supremo  Tribunal Federal tiveram de “inovar” a fim de preservar a Constituição diante do avanço de ataques à democracia nas últimas eleições.

Moraes participou do seminário Integridade da informação e Confiança nas Eleições, realizado na sede do TSE, em Brasília.

Segundo o magistrado, os pleitos nacionais de 2018 e 2022 e a eleição municipal de 2020 foram marcados por “um ataque maciço de notícias fraudulentas”. A prática, segundo ele, parte de uma falsa premissa: a suposta defesa da liberdade de expressão.

“Isso fez com que o TSE, o Ministério Público Eleitoral e o STF tivessem que inovar no sentido de preservar a nossa Constituição, a nossa democracia, a lisura das eleições, mediante uma agressão inédita que não é uma peculiaridade brasileira, mas uma agressão inédita pelas mídias sociais, pelas redes sociais, à própria democracia”, disse Moraes.

Essa “agressão”, prosseguiu, começou há decadas e é parte de um projeto de conquista do poder por extremistas de direita que enxergam as redes sociais como um instrumento de corrosão da democracia.

“Com o falso manto de democratas, esses grupos extremistas passaram a atacar o voto e as eleições, e pouco a eles importava se a eleição é por voto escrito, por urna eletrônica ou por correspondência, como nos Estados Unidos é permitido”, acrescentou. “O que importava era desacreditar o método utilizado para concretizar a democracia.”


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