Stédile diz que ocupação de áreas da Embrapa pelo MST foi ‘um equívoco’

O líder do MST reforçou que defenderá o governo Lula dos 'inimigos', mas ressaltou a independência do movimento

Brasília (DF) 15/08/2023 Depoimento do líder do MST, João Pedro Stédile, na CPI da Câmara que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (CPI do MST) Foto Lula Marques/ Agência Brasil

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O líder nacional do MST, João Pedro Stédile, afirmou considerar que a ocupação de áreas da Embrapa em Pernambuco foi “um equívoco” e voltou a destacar que o movimento manterá uma posição de independência do governo Lula (PT).

“Os companheiros não destruíram nada. Eles só entraram na Embrapa para chamar atenção a um problema que existe na região”, explicou Stédile em depoimento à CPI do MST, nesta terça-feira 15. “Cada acampamento tem autonomia no que faz. Concordo, às vezes eles exageram e erram, mas eles têm o direito de decidir.

As ocupações aconteceram em abril e em julho deste ano. De acordo com os sem-terra, as ações tinham o objetivo de pressionar o governo pelo assentamento de 900 famílias que vivem na região.

“Quem vai lá dizer para as famílias acampadas: ‘espere, espere, espere que o governo Lula vai resolver’? Eles têm autonomia, que é o que tenho procurado esclarecer aqui a todo tempo. Cada acampamento tem autonomia no que faz”, prosseguiu Stédile.

Ele ainda afirmou que continuará a se opor publicamente a determinados atos do governo Lula, quando julgar necessário.

“Somos corresponsáveis pelo governo Lula, por termos ajudado a elegê-lo. Defenderemos este governo apenas dos seus inimigos, como latifundiários improdutivos e o mercado financeiro. Mas sempre teremos autonomia.”


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