Política

Sociedade Brasileira da Infectologia recomenda a retomada da vacinação de adolescentes

Em nota, a associação lembra que em nenhum outro país houve suspensão da vacinação no grupo entre 12 e 17 anos

(Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)
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A Sociedade Brasileira de Infectologia divulgou, nesta sexta-feira 17, comunicando manifestando posição divergente quando a suspensão da vacinação do grupo de adolescente no País, recomendada pelo Ministério da Saúde.

A entidade informa que a vacina da Pfizer foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para ser aplicada em adolescentes de 12 a 17 anos, e apresentou eficácia e segurança na faixa etária em estudos clínicos divulgados pelo órgão. 

A SBI também ressalta apenas 0,043% dos adolescentes vacinados enfrentaram algum efeito adverso. No entanto, ainda não há registro sobre a gravidade destes eventos — e tampouco se eles estariam relacionados à vacinação. 

A respeito do óbito de um adolescente de 16 anos que recebeu uma dose do imunizante, a nota aponta que o caso está sob investigação da ANVISA e que no momento não é possível concluir que esteja relacionado com a aplicação da vacina. 

 

A associação esclarece que os benefícios da vacinação dos adolescentes superam substancialmente os riscos. 

“A incidência de eventos adversos graves, como miocardite e/ou pericardite, é de 16/1.000.000 de pessoas que recebem duas doses da vacina. A própria COVID-19 pode causar danos cardíacos relevantes, tanto em adultos como em adolescentes, com uma frequência mais elevada”, afirma o documento. 

A investigação dos eventos adversos nesta população é motivo de atenção e acompanhamento. Porém, em nenhum local, houve a suspensão desta recomendação por essa razão.

A SBI ainda alerta que a suspensão da vacinação do grupo entre 12 a 17 anos prejudicará o bom andamento do controle da pandemia no País, bem como gerar insegurança quanto ao uso dos imunizantes. 

A nota ainda faz um apelo para que o Ministério da Saúde revise o posicionamento, especialmente considerando a inexistência de evidências científicas contrárias ao uso da vacina Pfizer/BioNTech em adolescentes e a fundamental importância de vacinarmos o maior número possível de brasileiros com a maior rapidez.

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