Política

‘Só depende dele’, diz Casagrande sobre filiação de Alckmin para ser vice de Lula

Governador do ES e dirigente do PSB garante que o partido já acertou tudo o que precisava para receber o ex-tucano: ‘a bola está no pé dele’

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Governador do Espírito Santo e secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, garantiu que as negociações para a filiação de Geraldo Alckmin no partido só dependem do próprio ex-governador. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo desta terça-feira 4, para quem o político ainda analisou possíveis mudanças no cenário eleitoral.

“A gente já teve uma conversa do presidente Carlos Siqueira com o governador Alckmin e a decisão está na mão dele. O PSB, de repente, virá a ser vice [de Lula] caso ele decida vir, mas a bola agora está no pé dele, não está no pé do PSB. O PSB já tem uma avaliação interna positiva com relação à filiação dele. Cabe a ele essa decisão”, garantiu Casagrande.

O governador ainda destacou que a ida de Alckmin ao partido, apesar de facilitar, não é garantia da formação da chapa com Lula. As negociações do PSB com o PT, segundo disse, ‘seguem caminhando’. O político também não descartou uma aproximação com PDT, de Ciro Gomes, como feita em 2018 caso a conversa com os petistas não avance.

“O PSB trabalha com algumas alternativas, duas mais possíveis: uma aliança com a candidatura de Lula e outra com Ciro Gomes. A conversa que o PSB teve com o PT inclui o debate em alguns estados. Mas tratamos a filiação de Alckmin e a aliança com o PT de forma separada. Com relação à filiação, considero que, da nossa parte, está resolvida”, explicou.

“Acredito que o partido ganha, independentemente de o Alckmin ser vice ou não de Lula. Pode ser candidato ao governo, ao Senado. Ele e Márcio França têm uma relação muito próxima. Fortalece o projeto do partido em São Paulo. A filiação de Alckmin não está vinculada totalmente a uma aliança nossa com o PT”, acrescentou Casagrande ao explicar que o PSB poderia inclusive indicar outro vice para a chapa com o petista.

Na conversa com o jornal, o governador do Espírito Santo destacou ainda não ver um cenário totalmente consolidado até outubro, quando ocorrem as eleições. Para ele, há inúmeros fatores que podem mudar a posição de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

“Se ele [Bolsonaro] mantiver um pouco mais equilibrado em 2022, ele pode manter a polarização com o presidente Lula. Mas se ele errar, se fragilizar, se a economia de fato passar por um processo de deterioração muito forte, pode ser que alguém dispute com Bolsonaro a vaga no segundo turno. Se alguém da terceira via for para o segundo turno com o Lula, a eleição pode surpreender”, avaliou.

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