Política

Silvio Almeida assume os Direitos Humanos, critica gestão Bolsonaro e diz que todo ‘ato de ódio’ será revisto

Em Brasília, o novo ministro afirmou que recebe uma pasta ‘arrasada’

Silvio Almeida e Lula. Foto: Sergio Lima/AFP
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O advogado Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania nesta terça-feira, 3, durante cerimônia em Brasília. Em seu discurso, criticou a gestão anterior da pasta, sob o comando de Damares Alves (Republicanos). 

Almeida afirmou que recebe um ministério “arrasado” e que será necessário fazer uma revisão de atos práticados pelo governo Bolsonaro.

“Conselhos foram encerrados e o orçamento foi drasticamente reduzido. A gestão anterior tentou extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos. Não conseguiu. Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula”, declarou o novo ministro.

Ele reforçou que a pasta foi usada para disseminar mentiras e preconceitos, principalmente para desestimular a vacinação contra a Covid-19. 

Ao listar suas missões à frente do ministério, Almeida se comprometeu com a recriação de um conselho para elaboração de políticas voltadas à comunidade LGBTQIA+ e ao enfrentamento contra o alto índice de homicídios de jovens pobres e negros. 

“Nosso compromisso também é lutar contra a violência estatal, lutar contra o assassinato de jovens pobres e negros, contra o direito administrativo que expulsa crianças da escola, que fecha postos de saúde, que recolhe pertences de pessoas em situação de rua e permite a violência contra todos os marginalizados na nossa sociedade”, prosseguiu o advogado.

Outro ponto de atenção, acrescentou o novo ministro, será a proteção dos defensores de direitos humanos, vítimas constantes de violência, principalmente em relação à pauta ambiental. 

“Daremos atenção aos defensores ambientalistas, que são os que mais morrem nas mãos de criminosos”, anunciou.

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