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‘Se trata de retomar o debate’, diz ministro sobre dívidas de Cuba com o Brasil

Teixeira está em Cuba para participar do G77 e comentou as dívidas que o país tem com o BNDES

Recentemente, autoridades de Cuba pediram ao governo brasileiro maior flexibilidade no pagamento de dívidas. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, comentou na noite desta sexta-feira 15 sobre as dívidas que Cuba tem com o Brasil. Ele está em Havana, capital do país caribenho, para participar o G77 + China.

“O credor virou as costas para o devedor 7 anos atrás e fechou inclusive a embaixada. Se trata agora de retomar esse debate, essa negociação. Isso vai acontecer naturalmente”, disse o ministro em referência aos governos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro (PL).

O tema das dividas de Cuba com o Brasil voltou ao debate pois recentemente autoridades do país pediram ao governo brasileiro maior flexibilidade no pagamento de dívidas acumuladas com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), segundo relatado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Ao todo, o atraso soma US$ 538 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões). “Se trata de retomar as relações e, nesta retomada, debater esse tema. Por isso acho que esse ambiente é um ambiente de retomada e esse tema vai entrar no debate”, completou o ministro.

Segundo o ministro, o Brasil vai assinar com Cuba um Memorando de Entendimento, garantindo a retomada da cooperação científica entre os países.

Comitiva

O presidente Lula (PT) chegou em Cuba na noite desta sexta em conjunto com os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Nísia Trindade (Saúde), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do assessor especial, Celso Amorim.

A ida do presidente marca a volta das relações entre o país e o Brasil, que ficaram estremecidas durante os governos Temer e Bolsonaro.

A cúpula G77 + China começou nesta sexta, em Havana e é integrada por mais de 100 países de Ásia, África e América Latina. Eles representam 80% da população mundial.

Além de Lula, dezenas de chefes de Estado e de Governo participam do encontro, com a presença de presidentes da esquerda latino-americana, como Alberto Fernández, da Argentina; Gustavo Petro, da Colômbia; Nicolás Maduro, da Venezuela e Daniel Ortega, da Nicarágua.

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