Política

‘Se isso se consumar, é uma aliança muito competitiva’, diz Haddad sobre ter França como candidato ao Senado em SP

Apesar de ter esperanças na composição, o ex-prefeito de SP destaca que o PSB tem ‘todo direito’ de lançar seu candidato ao governo do estado

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira 31 ainda ter esperanças de que, até 15 de junho, Márcio França (PSB) desista de concorrer ao cargo de governador e tope ser o senador em sua chapa. A composição, segundo destacou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, seria ‘uma aliança muito competitiva’.

“Gostaria que até 15 de junho tivéssemos a aliança fechada. Nós temos a chance de estar com cinco partidos unidos. Se isso se consumar, como tenho esperança que aconteça, é uma aliança muito competitiva”, destacou Haddad ao jornal.

Na conversa, porém, o petista defendeu que o PSB tem ‘todo o direito’ de lançar candidato próprio ao governo de SP:

“Não vejo problema de um partido querer manter candidatura no principal colégio eleitoral do País”, destacou Haddad em meio a resposta sobre uma pesquisa interna decidir entre lançar ele ou França ao Palácio dos Bandeirantes. Conforme explicou o ex-prefeito, a ideia do levantamento próprio existiu, mas não avançou pela estabilidade apresentada nos monitoramentos publicados por outros institutos.

“Não é que não prosperou, mas desde que isso foi aventado já saíram 53 pesquisas e todas elas coerentes entre si. Nenhuma delas sensibilizou, o que é respeitável”, explicou o petista, que lidera com folga todos os principais monitoramentos eleitorais no estado. França, por sua vez, oscila entre o segundo e o terceiro lugar, sempre em disputa direta com Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).

Haddad também rebateu os principais argumentos usados por França para manter sua candidatura. O principal deles, exposto pelo pessebista em recentes entrevistas, é o fato de que ele teria 3 milhões de eleitores a mais do que Haddad em eleições recentes. Ao jornal, o petista disse não concordar com a leitura:

“Fiz uma campanha de três semanas. Eu respeito o Márcio, mas temos o direito de ter leituras diferentes no cenário atual. Se fosse assim, eu não estaria ganhando nas projeções de segundo turno”, afirmou Haddad.

Ainda sobre o tema, o petista completou que França tende a perder votos da direita com a associação do PSB a Lula:

“Segundo o Datafolha, 40% do eleitorado dele considera o governo Bolsonaro ótimo ou bom. Isso terá impacto em algum momento. Quando esse eleitor descobrir que o PSB, que desde 2010 não está com Lula, o apoiará em 2022, isso vai ter repercussão”, defendeu.

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