Justiça

Ronaldinho falta a CPI sob alegação de ‘mau tempo’; relator defende condução coercitiva

O ex-jogador, que deve ser ouvido como testemunha, faltou pela segunda vez à comissão que investiga práticas com criptomoedas

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Foto: Ronald Martinez/AFP
Apoie Siga-nos no

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho faltou, nesta quinta-feira 24, a uma audiência na CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara dos Deputados. 

A informação foi confirmada pelo relator da comissão, Ricardo Silva (PSD-SP). Segundo ele, Ronaldinho alegou que não poderia viajar a Brasília devido ao mau tempo, que levou ao cancelamento de voos em Porto Alegre (RS) na quarta 23. 

Foi a segunda negativa do ex-atleta à convocação para comparecer à CPI. Para o relator, o argumento de Ronaldinho foi insuficiente.

“Essa justificativa não encontra amparo legal. Então, compete a essa CPI buscar os meios jurídicos e a condução coercitiva. Infelizmente, nesse caso, é a medida que se impõe”, afirmou Ricardo Silva. O colegiado já aprovou a condução coercitiva. 

A CPI foi criada em junho para investigar possíveis esquemas de pirâmides com o uso de criptomoedas. Uma das bases da comissão é um relatório da Comissão de Valores Mobiliários a apontar que, no total, onze empresas teriam promovido fraudes utilizando moeda digital. A prática envolve a divulgação de informações falsas com promessas de rentabilidade muito acima da média do mercado.

Ronaldinho Gaúcho foi convocado a comparecer à comissão por ter sido proprietário da empresa 18K, em sociedade com seu irmão, o empresário Roberto de Assis Moreira. “Assis”, como é conhecido, deve depor à CPI nesta quinta. Outra figura envolvida com a empresa é o empresário Marco Lara.

No requerimento de convocação, o relator justificou que “a empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”, fato que “levantou suspeitas de se tratar de uma pirâmide financeira devido às promessas de altos e rápidos retornos”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo