Romeu Zema diz que a Constituição ‘conspira contra a classe política’

Governador de Minas Gerais opina que texto assegura muitos direitos e poucos deveres, reafirmando uma visão 'gestora' de Estado

Zema deve governar com base eleita pelo PSL no estado

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que a Constituição “conspira contra a classe política” ao transformar o Brasil em um país “ingovernável”.

Segundo a reportagem, que foi publicada nesta segunda-feira 11, Zema julga que a democracia brasileira assegura “excesso de direitos e pouquíssimos deveres”, o que traria problemas relacionados aos caixas públicos. “[Há] tantas exigências, com tantas exceções, que fica difícil você ser um bom gestor”, disse.

De orientação liberal e apoiadora das políticas econômicas de Paulo Guedes, Zema cravou: “o Estado não pode ser o grande paizão”. O governador, que é o único do Partido Novo no Executivo dos estados, elogiou as recentes medidas econômicas anunciadas pelo “pacotaço” do ministro da Economia. Guedes prometeu destinar entre 400 bilhões e 500 bilhões de reais para estados e municípios em 15 anos.

Apesar do afastamento de Zema dos posicionamentos ideológicos do governo federal – aos moldes do movimento realizado pelo governador de São Paulo, João Dória -, o governador mineiro hesitou ao opinar se a ditadura foi um golpe ou “revolução”, como usualmente tratado por apoiadores dos militares. “Na pauta econômica ele foi bem, na pauta de direitos humanos deixou muito a desejar”, disse.

 


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