Justiça
Réu do 8 de Janeiro que interrompeu evento de Gilmar tentou afastar Moraes de julgamento
A Primeira Turma do STF julgará a ação penal contra Symon Albino entre 14 e 25 de novembro, no plenário virtual
O réu envolvido no 8 de Janeiro de 2023 que interrompeu um evento na Argentina com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes na última quinta-feira 6 já tentou afastar o ministro Alexandre de Moraes do julgamento, sem sucesso.
No início de 2024, Symon Filipe de Castro Albino apresentou uma arguição de impedimento contra Moraes, sob o argumento de que o magistrado teria demonstrado parcialidade em manifestações públicas sobre os atos golpistas.
O ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do STF, rejeitou a solicitação em 20 de fevereiro do ano passado. “Não foram apresentados elementos que comprovem situação excepcional ou gravidade suficiente para justificar o acolhimento do pedido”, sustentou.
Albino interrompeu na última quinta-feira o Fórum de Buenos Aires, no momento em que estavam à mesa Gilmar, o banqueiro André Esteves e o ex-presidente da Colômbia Iván Duque.
Presente na plateia, o réu disse a Gilmar não ter cometido qualquer crime no dia da depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e alegou não ver seus filhos há três anos. Afirmou também ser um “refugiado na Argentina”.
No discurso não solicitado, o homem chegou a elogiar Gilmar, mas criticou Moraes. A transmissão oficial do evento cortou a maior parte da intervenção indesejada.
A Primeira Turma do STF julgará a ação penal contra Symon Albino entre 14 e 25 de novembro, no plenário virtual.
O réu responde pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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