Renan: ‘Procissão em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS’

'A CPI da Covid terá muito assunto', adiantou o senador, relator da comissão

Fotos: Jefferson Rudy/Agência Senado e André Borges/AFP

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, criticou nesta segunda-feira 24 a aglomeração promovida na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Segundo o parlamentar, o chefe do Palácio do Planalto “rema para trás” no combate à pandemia.

 

 

Além de amontoar seguidores durante um passeio de moto entre a Barra da Tijuca e o Aterro do Flamengo, Bolsonaro cumprimentou e, sempre sem máscara, conversou com militantes. Ao discursar, contou com a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que prestou depoimento à CPI na semana passada, e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

“A prioridade é barrar a pandemia, mas Bolsonaro rema para trás. A procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS”, escreveu Renan nas redes sociais. “O governador terá que explicar a molecagem com dinheiro público. Pazuello pisoteia disciplina e hierarquia e ri a céu aberto. A CPI terá muito assunto”.


A presença do general Pazuello causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos. O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira, já que o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar proíbem que militares da ativa participem desse tipo de ato ou se manifestem politicamente.

Em entrevista publicada por El País nesta segunda, Renan já havia feito fortes críticas a Jair Bolsonaro, a quem se referiu como “o que há de pior na política”. Ele também adiantou quais devem ser os próximos passos da CPI da Covid.

“Estamos investigando, fundamentalmente, dois crimes: crime sanitário e contra a vida. Mas para a comprovação ou não nessa direção é fundamental que nós tenhamos acesso às provas, depoimentos, façamos o contraditório”, contou.

 

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