Renan sobre Pazuello: ‘Para que esse maluco pare de delinquir’

O relator da CPI da Covid também afirmou que o colegiado tem 'provas sobejas da existência de um ministério paralelo'

Renan Calheiros e Eduardo Pazuello. Fotos: Edilson Rodrigues/Agência Senado e Tomaz Silva/Agência Brasil

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O relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez nesta quinta-feira 27 um balanço dos primeiros 30 dias de trabalho da comissão. Segundo ele, as expectativas dos senadores “caminharam suficientemente no sentido de suas materializações”. Calheiros também se referiu ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello como “maluco”.

 

 

“Temos provas sobejas da existência de um ministério paralelo, de uma consultoria paralela que despachava com o presidente da República e decidia. Temos a comprovação de algumas pessoas que participaram dessa consultoria”, disse Renan em entrevista coletiva após a sessão em que os senadores tomaram o depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

“Temos feito um esforço cada dia maior para conviver com as provocações e as intimidações, que são diárias. E o presidente da República continua a fazer as mesmas coisas que fazia. Diferentemente do que acontece no mundo”, acrescentou.


Calheiros também mencionou a reconvocação de Pazuello, aprovada pela CPI na quarta-feira 26. Segundo ele, a decisão tem um “efeito pedagógico”.

“É para dizer a esse maluco que pare, não continue a delinquir, aglomerar pessoas”, apontou o relator.

O vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), avaliou na entrevista que os primeiros 30 dias “têm algumas constatações que devem apontar o caminho da investigação”.

“Está patente que existia um gabinete paralelo de enfrentamento à pandemia, com uma estratégia diferente daquela da ciência. A ciência aposta no isolamento e na vacina; esse gabinete paralelo apostava e insiste em cloroquina, aglomeração e imunização de rebanho”, disse Randolfe.

 

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