Política

Relator recomenda censura verbal a deputado bolsonarista; Conselho de Ética adia a votação

O PT acusa Abilio Brunini de ofender palestrantes de uma audiência sobre a guerra entre Israel e o Hamas

Relator recomenda censura verbal a deputado bolsonarista; Conselho de Ética adia a votação
Relator recomenda censura verbal a deputado bolsonarista; Conselho de Ética adia a votação
O deputado federal Abilio Brunini. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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O Conselho de Ética da Câmara adiou nesta quarta-feira 27 a votação do parecer preliminar do deputado Alexandre Leite (União-SP) sobre a representação do PT contra o deputado Abilio Brunini (PL-MT).

O partido acusa o bolsonarista de ofender palestrantes de uma audiência na Comissão de Legislação Participativa sobre a guerra entre Israel e o Hamas.

Leite avaliou não haver justa causa para a representação, que pede a suspensão do exercício do mandato de Brunini. O relator solicitou, porém, o encaminhamento de expediente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recomendando censura verbal ao deputado do PL.

“É cristalino que se trata de prática de ato capaz de infringir as regras de boa conduta nas dependências da Casa, sendo que para tal infração o Código de Ética comina a aplicação da censura verbal”, disse Leite.

Na reunião desta quarta, Brunini alegou ter sido agredido na audiência. “Rasgaram meu terno, rasgaram minha camisa, me agrediram fisicamente pelas costas. Se não fosse a segurança legislativa no plenário, sei lá o que poderia ter acontecido.”

O bolsonarista afirmou, ainda, que a representação do PT seria uma tentativa de censurá-lo em sua defesa do Estado de Israel e disse considerar antissemitimismo a conduta de deputados de esquerda naquela audiência.

Em reação, Chico Alencar (PSOL-RJ) declarou nesta quarta que o ato não era antissemita e que não houve censura a Brunini.

O psolista disse ter visto Brunini tentar impedir a audiência dos parlamentares de esquerda e destacou que o deputado do PL foi contido pela segurança da Casa. “Isso não pode ser aceito, o mínimo é uma advertência a Brunini”, completou Alencar.

(Com informações da Agência Câmara)

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