Política

Receita Federal sofre debandada após corte em reajuste

Servidores pedem exoneração após aprovação do Orçamento de 2022 que inclui reajuste apenas para policiais

Agentes da PF e da Receita Federal durante busca de documentos na sexta-feira 14, dia em que foi deflagrada a fase sete da Operação Lava Jato
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Após a aprovação do Orçamento de 2022, quarenta e seis auditores e analistas em cargos de confiança da Receita Federal de São Paulo pediram exoneração nesta quarta-feira 22.

Delegados e chefes do órgão tributário de outros estados também entregaram os cargos. 

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, ao todo 324 servidores já pediram o desligamento do órgão até agora. 

Os funcionários alegam que a Receita teve uma redução de orçamento de mais de 51%, afetando as áreas administrativas e de gestão. Ainda informam haver possibilidade de inadimplência de contras de água e energia elétrica das unidades. 

Na carta de exoneração os servidores afirmam que os cortes no orçamento na Receita foram destinados ao pagamento do aumento salarial das carreiras policiais. 

“Observa-se que o valor corte orçamentário proposto é proporcional ao valor destinado para a reestruturação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça. Com isto temos que os valores que serão cortados da Receita Federal do Brasil serão utilizados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras retro citadas, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária”, diz a carta.

Conforme Ministério da Economia, o realocação de verbas foi uma “decisão do presidente da República”.

Os servidores ainda criticam o descumprimento de um acordo de 2016 que previa o pagamento de um bônus condicionado à eficiência, no valor de R$ 450 milhões. 

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