Randolfe: ‘O custo de um 2º turno pode representar a vida de muitos brasileiros’

A CartaCapital, o senador defende esforços para garantir a vitória de Lula no 1º turno: 'Como dizia Brecht, a cadela do fascismo está sempre no cio'

Randolfe Rodrigues e Lula. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta sexta-feira 8 ser importante que Lula (PT) vença as eleições presidenciais no primeiro turno, por não se tratar de um pleito “normal”, mas um em que “a democracia e o modo de vida do Brasil como conhecemos estarão em jogo”.

“O custo de um segundo turno pode representar a vida de muitos brasileiros. Como dizia [Bertolt] Brecht, a cadela do fascismo está sempre no cio”, disse Randolfe em entrevista a CartaCapital no YouTube. “Quanto mais próxima a possibilidade de Bolsonaro perder o governo – e ele e os seus sabem que o que os separa da prisão é a vitória ou a derrota nas eleições -, mais desesperados vão estar.”

Segundo o senador da Rede, a candidatura de Lula é de “união nacional” e, por isso, o petista “tem de conversar com a mídia alternativa, a Globo e a Record“. Para Randolfe, o desafio de Lula é se mostrar como “o representante de uma transição, para termos restabelecido o Estado democrático”. Neste sentido, a chapa com Geraldo Alckmin “é a síntese da necessidade de união nacional”.

Randolfe também ressaltou a necessidade de a sociedade se manter atenta a possíveis movimentos do presidente Jair Bolsonaro e do bolsonarismo para não aceitar uma derrota nas urnas.

“Eu não acho que seja uma possibilidade Bolsonaro conspirar contra a democracia e tentar a interrupção do regime democrático. Acho que é uma probabilidade, e temos de trabalhar com o cenário de que ele vai trabalhar com isso”, acrescentou. “É uma disputa que vale a vida, a geração e o Brasil.”

Assista à entrevista na íntegra:


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1 comentário

ORLANDO FRONHA FILHO 10 de abril de 2022 21h04
Nossos parlamentares não mudamm. Se alguém me apontar uma, apenas uma, CPI que não terminou em pizza, expressão que não há anos nós brasileiros usamos para demonstrar o nível oportunista destas CPIs. A mais badalada a das vacinas, da COVID-19 rapidamente caiu no esquecimento tão rápido que dá impressão que foi proposital. Tenho 67 anos e acompanhei pelo menos as CPIs mais relevantes e em nenhuma delas levou-se em conta o compromisso republicano de investigar com um propósito defenido, ou seja, levar os responsáveis às barras dos tribunais. Não acredito mesmo.

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