Política

Quem são os suplentes que assumem no Congresso as vagas deixadas por ministros de Lula

O presidente escolheu 13 parlamentares para sua Esplanada dos Ministérios

Quem são os suplentes que assumem no Congresso as vagas deixadas por ministros de Lula
Quem são os suplentes que assumem no Congresso as vagas deixadas por ministros de Lula
Créditos: Sergio Lima / AFP
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O presidente Lula (PT) nomeou 13 parlamentares eleitos ou no exercício do mandato para sua Esplanada dos Ministérios. Com isso, cadeiras no Congresso Nacional serão ocupadas por suplentes.

Oito deputados e cinco senadores assumirão os cargos dos titulares.

A relação dos nomes, divulgada pela Secretaria Geral da Mesa da Câmara, ainda pode passar por alterações até a posse dos suplentes, em 1º de fevereiro – em caso, por exemplo, de retotalização de votos determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Veja a lista dos suplentes:

No Senado:

Ana Paula Lobato (PSB-MA) assumirá no lugar de Flávio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça e da Segurança Pública. Vice-prefeita de Pinheiro (MA), onde nasceu, ela é enfermeira e presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão, uma associação civil, sem fins lucrativos e com função filantrópica. Ela tem 38 anos e se autodeclara parda.

Margareth Buzetti (PSD-MT) assumirá no lugar de Carlos Fávaro (PSD-MT), ministro da Agricultura. Ela foi eleita em um pleito suplementar em Mato Grosso, em 2020, após a cassação do mandato de Selma Arruda. Natural de Concórdia (SC), a empresária de 63 anos se autodeclara branca e atua como presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá e da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus. Nas eleições de 2022, declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) e fez elogios ao ex-presidente.

Fernando Farias (MDB-AL) assumirá no lugar de Renan Filho (MDB-AL), ministro dos Transportes. O empresário de 70 anos, natural de Maceió (AL), é diretor-presidente do Grupo Lyra (Usina Caeté). Ele doou 350 mil reais para a campanha de Renan Filho, segunda maior contribuição, apenas atrás de uma realizada pelo partido dos candidatos, no valor de 3 milhões de reais.

Augusta Brito (PT-CE) assumirá no lugar de Camilo Santana (PT-CE), ministro da Educação. Ela foi prefeita de Graça, no interior do Ceará, durante dois mandatos (2004 e 2008). Também trabalhou, até 2014, como secretária de Educação de São Benedito. Em 2022, elegeu-se deputada estadual. Augusta é natural de Fortaleza (CE), tem 46 anos e se autodeclara branca.

Jussara Lima (PT-PI) assumirá no lugar de Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social. Formada em sociologia pela Universidade Católica de Pernambuco, ela tem 62 anos, se autodeclara parda e é natural de Fronteiras, no sul do Piauí, onde foi vereadora, entre 1989 e 1992 (foi a primeira mulher a exercer um cargo legislativo no município). Elegeu-se também em 2011, por meio de pleito suplementar, como a primeira mulher vice-prefeita da cidade, na chapa do então prefeito Eudes Agripino Ribeiro (PPS).

Na Câmara

Orlando Silva (PCdoB-SP) vai assumir uma das três vagas abertas pelo PT em São Paulo, com as saídas de Alexandre Padilha (PT-SP), que comanda a Secretaria de Relações Institucionais, Paulo Teixeira (PT-SP), ministro do Desenvolvimento Agrário, e Luiz Marinho (PT-SP), ministro do Trabalho. Deputado federal desde 2015, Orlando já trabalhou como ministro do Esporte nos governos Lula e Dilma Rousseff, entre 2006 e 2011, e foi vereador de São Paulo, de 2013 a 2015. Natural de Salvador (BA), tem 51 anos. Na Câmara, foi relator da medida provisória que permitiu a redução de jornada e salário durante a pandemia.

Alfredinho (PT-SP) assumirá a segunda vaga aberta pelo PT. Ele é vereador em São Paulo pelo quarto mandato. Foi líder do partido na Câmara e membro das comissões de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude e de Administração Pública. Natural de Oieiras (PI), tem 63 anos e se autodeclara preto.

Vicentinho (PT-SP) assumirá a terceira vaga aberta pelo PT em São Paulo. É deputado federal há cinco mandatos, desde 2003. Natural de Santa Cruz (RN), tem 66 anos, se autodeclara preto e é advogado e metalúrgico. Em 1997, presidiu a CUT Nacional e participa de atividades sindicais desde 1970.

Luciene Cavalcante (PSOL-SP) assumirá a primeira vaga aberta pela federação PSOL/Rede, com as saídas de Marina Silva (Rede-SP), ministra do Meio Ambiente, e de Sônia Guajajara (PSOL-SP), que assume o recém-criado Ministério dos Povos Indígenas. Professora e supervisora escolar da rede municipal de São Paulo, Luciana é advogada e pesquisadora em direito educacional. Nascida na capital paulista, tem 43 anos e se autodeclara branca.

Ivan Valente (PSOL-SP) assumirá a segunda vaga aberta pela federação PSOL/Rede. Foi eleito suplente na legislatura de 1999 a 2003 e assumiu em duas ocasiões de afastamento de titulares. É um dos autores da lei que prevê medidas de proteção aos entregadores de aplicativo durante a pandemia da Covid-19. Já foi deputado estadual pelo PT e participou da fundação do PSOL, em 2005. Nascido em São Paulo, tem 76 anos e se autodeclara branco.

Reginete Bispo (PT-RS) assumirá no lugar de Paulo Pimenta (PT-RS), que assume a Secretaria de Comunicação. Ela se apresenta como cientista social, consulesa honorária de Senegal em Porto Alegre e coordenadora do Instituto Akanni, uma organização não-governamental de pesquisa e assessoria em direitos humanos, gênero, raça e etnia. Natural de Marau (RS), tem 59 anos e se autodeclara preta.

Dr. Benjamim (União-MA) assumirá no lugar de Juscelino Filho (União-MA), ministro das Comunicações. Concorreu ao cargo de prefeito de Açailândia (MA) por duas vezes, em 2016 e em 2020. Médico gastroenterologista, tem 49 anos, se autodeclara pardo e nasceu em Planalto (PR).

Ricardo Abrão (União-RJ) assumirá no lugar de Daniela Carneiro (União-RJ), ministra do Turismo. Ele tem 50 anos e é natural de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Empresário, se autodeclara branco e é ex-presidente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, função que desempenhou entre 2017 e 2021. Também foi deputado estadual por dois mandatos, entre 2003 e 2006 e entre 2011 e 2014.

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