Ao menos nove governadores não comparecerão à cerimônia em memória do 8 de Janeiro, nesta segunda-feira 8, em Brasília.
Entre os ausentes estão Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro e Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal.
Eles são aliados de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado como principal incentivador dos atos golpistas de 2023.
Além deles, também não deverão comparecer Gladson Cameli (PP), do Acre; Paulo Dantas (MDB), de Alagoas; Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás; Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso; Eduardo Riedel (PSDB), governante do Mato Grosso do Sul; e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná.
Apesar do caráter institucional, com convite assinado pelos chefes dos Três Poderes, o evento foi majoritariamente convocado pelo governo do presidente Lula (PT), o que fez com que os governadores da oposição declinassem o convite.
Entre os motivos das ausências estão incompatibilidade de agendas, férias previamente programadas ou motivos de saúde.
No entanto, com a aproximação das eleições municipais, a ausência também tem caráter político. Os governadores, nos bastidores, fizeram cálculos de ganhos e perdas eleitorais ao se posicionarem no evento ao lado de Lula.
A lista de ausentes, vale dizer, poderia ser maior. O governador Romeu Zema (Novo), aliado de Bolsonaro em Minas, desistiu de não comparecer ao evento e confirmou, nesta segunda-feira 8, que estará presente no local.
O evento
O evento batizado de “Democracia Inabalada” terá a presença, entre outros, do presidente Lula e dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso. Arthur Lira (PP-AL) estava confirmado, mas desistiu de última hora para, segundo ele, permanecer em Alagoas para acompanhar a situação de um familiar com problemas de saúde.
A expectativa é de que o evento contará com cerca de 500 convidados. Também marcarão presença Rosa Weber, que presidia o STF à época dos ataques bolsonaristas; o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); e o procurador-geral da República, Paulo Gonet e ministros de Estado.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login